Exclusivo: Entenda a polêmica do britador de Água Doce e porque a ex-prefeita é convidada pela Câmar

Muitas dúvidas a respeito do britador, instalado pelo município de Água Doce e interditado pelo Departamento Nacional de Produção Mineral, após denúncia, por falta de licença ambiental, podem ser esclarecidas com a presença da ex-prefeita Nelci Fátima Trento Bortolini, na Câmara de Vereadores. A data para comparecimento será decidida pela Presidência da Câmara e cabe a ela aceitar ou não o convite.

Após vários pedidos não respondidos pelo Prefeito Novelli Sganzerla (PMDB), em Sessão desta segunda-feira (29), um requerimento solicitado pelo vereador Helioberto Marcel Ramos - Fino (PMDB), foi aprovado, para que a Câmara convide a ex-prefeita para falar sobre o assunto, uma vez que o britador foi instalado em sua gestão, na Linha Santa Catarina (SC-150, KM 46), em propriedade arrendada pela Prefeitura por cerca de R$ 10 mil ao ano.

Conforme já noticiado pelo Minha Água Doce, a Polícia Federal investiga o caso. O vice-prefeito Valter Valentin Rampazzo é parte investigada no processo, por ser também secretário municipal de obras. A ex-prefeita Nelci e o ex-secretário de obras Rudimar Bergossa, também são parte do processo que está tramitando na Polícia Federal, em Chapecó (SC).

De acordo com Fino, o vereador Raimundo Heberle - Dunga (PMDB), em uma oportunidade fez uso do plenário e tentou esclarecer algumas das dúvidas, por ter o cunhado que trabalha no Departamento responsável pela interdição e liberação da licença ambiental e assim estar a par dos fatos. Na época, Dunga fez duas viagens para Florianópolis, para tentar resolver o problema. De acordo com ele, quem fez a denúncia foi o superintendente do DEINFRA de Joaçaba, na época, Dagoberto Primo. Para Fino, o atual prefeito também precisa ser ouvido pelos vereadores, uma vez que não respondeu a nenhum pedido de informação sobre o assunto.

Mesmo que implantado na gestão da prefeita Nelci, o “Britador da SC-150”, só foi interditado no início da administração do atual prefeito. A administração Sganzerla chegou a contratar uma empresa de Joaçaba, por cerca de R$ 90 mil, para liberação ambiental da área. O Deinfra teria alegado ao Departamento Nacional de Produção Mineral que a Prefeitura não solicitou nenhuma autorização para exploração. A área arrendada é grande e possuía material para exploração por diversos anos. Hoje, o local está abandonado e parece não ter mais tanto material disponível como tinha antes do embargo ambiental.